★AFINAL ,HÁ K-IDOLS GAYS ?
A maioria de nós , com certeza já viu , comentários maldosos sobre o comportamento de seus bias meninos. Por serem mais afeminados, muitos acham que eles são gays, mas não podem assumir por causa da cultura digamos, "conservadora", da Coréia do Sul. Só que na verdade, a mídia, não sabe a verdadeira orientação sexual dos K-Idols e talvez nunca saiba, já que nenhum deles costuma falar abertamente de assuntos tão pessoais. Mas a dúvida da sexualidade não é apenas pelo comportamento feminino, eu por exemplo, já vi atitudes bem peculiares entre K-Idols homens que nos levantam a questionar se eles são gays, como essa performance dos cantores Jonghyun e Taemin do grupo SHINee.
O contraditório é que ao mesmo tempo que essa cena de quase beijo é chocante, ela também é vista como fofa pela maioria das fãs. Lá não tem nada demais em fazer couples do mesmo sexo, e um beijo entre eles é quase um presente pra elas, contanto que os K-Idols não sejam gays.
Na cultura sul-coreana, é muito atraente para as garotas o comportamento “afeminado” (da parte dos meninos) que também pode ser descrito como fofo, isto é, atitudes infantis, o uso de maquiagem, acessórios, e etc .Eu particularmente também adoro esse comportamento.
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★VAMOS DIRETO AO ASSUNTO :
A Coréia se transpassa a condição de um país super conservador, e batalha para manter esse posicionamento. Com uma sociedade baseada nos ensinamentos do Confucionismo, acreditou-se por muito tempo que os homossexuais desordenavam a ideia dos laços da família, indo contra a ideia da religião — que podemos simpatizar com a situação no resto do mundo, que condena a homossexualidade baseada na Bíblia. Por isso, mesmo com o passar dos tempos e evolução da sociedade, ainda ficou enraizado na população o sentimento de rejeita aos homossexuais.
Por causa da perseguição psicológica e moral mais do que física, como vários dos preconceitos na Coreia, é muito mais difícil alguém se assumir publicamente, seja em escala nacional ou familiar, fortificando o cartão postal de sociedade “livre de erros” que a Coreia se esforça em manter. O que implicou também em onde a culpa foi jogada: nós, estrangeiros. Os mais radicais dos coreanos dizem firmemente que foram os estrangeiros que trouxeram a ideia de homossexualidade pro país, outros falam que não existem tais pessoas aqui, mas muitos parecem ignorar o “passado homossexual” da Coreia do Sul.
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★UM POUCO DE HISTÓRIA :
1° = Durante a Dinastia Silla, o Hwarang (grupo de elite formado por homens) eram os guerreiros de elite que tanto combatiam um inimigo em comum, como cuidavam da população para melhoria do poder nacional. Várias poesias da época foram interpretadas posteriormente como o conto da relação com os guerreiros Hwarang com outros homens.
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2° = Durante a Dinastia Joseon, a existência do grupo de performances Namsadangfortificou ainda mais a ideia de homossexualidade na Coreia, onde esse grupo de jovens que se vestiam de mulheres e tiravam sarro dos nobres apresentavam-se para aldeões. Embora as danças e atuações rendessem um bom dinheiro para eles, a principal atividade era a prostituição, com homens das aldeias.
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Todas essas atividades, em conflito com o Confusionismo, foram deixadas por baixo dos panos e tão logo ignoradas para muitos coreanos. Acredita-se que a Coreia pode sim aceitar cada vez mais a comunidade homossexual, porém, para um país que até mesmo a ideia de se assumir é novidade, o caminho pela frente é longo. Berlim, considerada a capital gay da Europa, antes, também condenava e temia a homossexualidade tanto quanto a Coréia do Sul hoje, então há esperança.
De alguma forma, há uma parcela de mudança que já está acontecendo na Coréia, com beijos gays sendo mostrados na televisão — e criando o mesmo rebu que um beijo gay em novela brasileira. Park Wonsoo, prefeito de Seul, também levanta a bandeira e defende fielmente a comunidade gay, tendo como uma de suas metas que a Coréia do Sul seja o primeiro país da Ásia a legalizar a união homo afetiva. Ter um pé na política apoiando tais direitos já é um avanço maior do que podia se pensar em mil novecentos e bolinha, mas ainda tem muito chão pela frente.
Em uma pesquisa feita em 2013 pelo Pew Research Center, 71% dos coreanos nas idades entre 18 e 29 anos expressaram que a homossexualidade deveria ser aceita socialmente. Infelizmente, o número abaixa drasticamente se for considerar todos os entrevistados, expressando 31% de aceitação, contra 60% de aceitação no Brasil, mas isso prova que os jovens sul-coreanos estão mais aptos a constituir uma sociedade mais livre de preconceitos.
Entrando no mundo do entretenimento, batemos de frente com um tabu maior ainda, pois tratando-se de pessoas públicas, a Coreia se torna ainda mais conservadora: eles não podem deslizar uma vez só, pois não apenas a mídia, mas os próprios espectadores — muitas vezes os próprios fãs — estão sempre prontos para julgar e apontar com dedos afiados.
Em 2008, o ator e modelo Kim Jihoo cometeu suicídio após a enorme pressão e resposta negativa ao ter se admitido gay publicamente. Afetando até mesmo sua carreira, onde as agências estavam cancelando seus trabalhos e onde ele trabalhava se recusavam a renovar seu contrato, o ator tirou sua própria vida cinco meses após a revelação.
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★Para mostrar um lado diferente da história, vou listar alguns casos que podem encher nossos corações de alegria e fazer respeitar ainda mais alguns artistas, que mostraram seu apoio pela luta contra a discriminação sem realmente se importar se isso resultaria em uma repercussão negativa aos olhos conservadores da Coreia do Sul.
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*Heechul, um dos ídolos que menos se importa em como suas palavras irão afetar sua imagem, sobre o casamento do diretor de filmes Kim Jo Kwangsoo com seu namorado de nove anos, Kim Seunghwan, fez uma declaração sobre quão simples é a percepção de amar alguém.
~"Isso chamado amor… Eu falei para meus dongsaengs… Isso chamado amor, é amor entre duas pessoas. Se você se preocupar demais com o que está o seu redor… Claro, seus pais, amigos e irmãos podem falar ‘Eu apoio vocês’ ou ‘Isso não vai ser bom pra você’, mas se você se importar demais com o que os outros falam ou com o que você lê na Internet, e acabar terminando seu relacionamento… É uma pena. Então, apenas se importe menos."
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*Junsu também respondeu sobre os fãs questionarem se ele era gay ou não, após vê-lo vestido de mulher em Tarantallegra, onde ele respondeu;
~"Eu não sou gay, mas por outro lado, eu me sinto bem por ser chamado assim. Não importa se eu sou gay ou não, poder mostrar uma imagem diversa para o público é absolutamente um plus para o artista."
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*Jonghyun, do SHINee, alterou a foto de profile do Twitter com um dos cartazes de um protesto que lutava contra a discriminação no país. Por causa da atenção que chamou, Jonghyun mandou mensagens para o autor do cartaz em privado, que mais tarde foram reveladas por ele, um estudante transexual, para mostrar o apoio que Jonghyun oferecia para a causa.
~"Estou mandado essas mensagens por medo do estrago ou atenção que eu causei a você por meu tweet, que você provavelmente não queria. Eu te apoio. [B]Como um artista, como minoria em uma definição diferente que lida com o público, eu sinto um grande senso de perda nesse mundo, onde não admitimos as diferenças. Claro, isso não pode ser comparado com seu sentimento.
Eu apoio seu grito com peito cheio que diferença não é algo errado. Eu não acho que você é alguém que precisa de consolo dos outros, ou preocupação. Você é mais forte que todos.Muita sáude e tudo de BOM"
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